Representantes da empresa “Sistema Produtor São Lourenço S.A.” (SPSL S.A.) visitaram, no dia 3 de fevereiro de 2025, a Fazenda Piloto do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté para conhecer os resultados parciais do projeto que avalia a viabilidade da utilização do lodo da Estação de Tratamento de Água (ETA) como condicionador de solos. A ação é conduzida pelo coordenador do Centro UNITAU Sustentável (CEUS), Prof. Dr. Paulo Fortes Neto.
A recepção aos visitantes teve início com a apresentação do estágio atual do projeto, resultados já obtidos e o cronograma de atividades dos próximos meses. Houve ainda visitas aos laboratórios de análise de solos e de análise de sementes e ao campo experimental da UNITAU, onde serão conduzidos os trabalhos de aplicação do lodo. Integrante do grupo chinês China Energy Engineering Corporation(CEEC), a SPSL firmou contrato com a Fundação de Apoio à Pesquisa, Tecnologia e Inovação da Universidade de Taubaté (FAPETI), responsável pela consultoria de análise da viabilidade do lodo de ETA como condicionador de solos.
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A comitiva foi recebida pela profa. Dra. Marcia (2ª à esq.) e prof. Dr. Paulo (3ª à esq.)
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Jiang Wu (dir.) veio da China para conhecer o projeto
Na comitiva da SPSL estava Jiang Wu, gerente de informações operacionais da CEEC, que veio diretamente da China para conhecer o trabalho desenvolvido em parceria com a FAPETI/UNITAU. “Tivemos conhecimento de que a universidade tem relevância no desenvolvimento de tecnologias na área de Ciências Agrárias. Como a SPSL produz, todo mês, um lodo que, em princípio, não tem muita utilidade, a empresa decidiu estabelecer essa parceria para dar uma destinação sustentável a esse material”, destacou o gerente. Ranieri Ribeiro, coordenador de meio ambiente da SPSL, também enfatizou o know-how da UNITAU. “A instituição é referência na produção científica em ciências agrárias e isso foi determinante para estabelecermos esta parceria”, completou Ranieri, que é formado em Agronomia pela Universidade de Taubaté.
O coordenador do projeto, Prof. Dr. Paulo Fortes Neto, detalhou as fases a serem cumpridas, que tem duração de 10 meses. “O trabalho começou em janeiro com testes no laboratório do Departamento de Ciências Agrárias. Depois partiremos para o campo, quando aplicaremos o lodo da estação de tratamento de água no solo e plantaremos milho para avaliar a qualidade agronômica desse resíduo”.
A terceira fase do projeto, conforme o docente, é a apresentação dos resultados ao Ministério da Agricultura, para que o lodo seja registrado como condicionador de solo. “Depois da obtenção do registro, faremos um trabalho com os produtores rurais para que eles utilizem este material e, consequentemente, economizem água e fertilizantes em suas produções”, completou o coordenador do projeto.
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Prof. Paulo Fortes Neto apresentou o projeto aos visitantes
A diretora presidente da FAPETI, profa. Dra. Marcia Regina de Oliveira, esteve presente à visita da comitiva da SPSL à Fazenda Piloto da UNITAU. Na ocasião, ela destacou a expertise da fundação no segmento de estudos ambientais e agrícolas. “Instalada numa área com mais de 13 mil metros quadrados, a Fazenda Piloto é também utilizada como campo para estudos, práticas e pesquisas aplicadas na graduação e na pós-graduação. Apoiar iniciativas como a estabelecida com a SPSL é o que motiva a FAPETI”, concluiu a professora.
Por L. C. Galvão Junior (Jornalista Profissional – MTb 25.492)